sábado, 1 de outubro de 2016

Somos o resultado de nossas escolhas e decisões!

Ao escrever um texto, precisamos fazer escolhas em relação a sua estrutura e às ideias que iremos apresentar para constituir a sua mensagem. Para expressar tais ideias escolhemos uma ou outra palavra dentre muitas outras possíveis, pois não é possível empregar todas ao mesmo tempo e mesmo assim ter um texto coeso e coerente! Assim também é na vida, o tempo todo, estamos fazendo escolhas para dar sentido a ela. Para minha alegria, enquanto pensava sobre o quê iria escrever nesta semana, recebi um texto que chamou minha atenção, cujo título era “E se eu morrer hoje?”, achei muito interessante e escolhi falar sobre isso: sobre escolhas!
Lana Bitu, redatora chefe da Revista Viva Mais, em um de seus textos nos faz refletir sobre as escolhas que fizemos a cada dia, destacando que a cada manhã ela se faz a pergunta “E se eu morrer hoje?”. Essa pergunta para Lana a enche de alegria e sentido pra vida, pois faz com que ela se recuse a desperdiçar as suas teoricamente derradeiras 24 horas com sentimentos negativos ou escolhas irrelevantes. A partir daí, troca a cara feia pelo sorriso; a correria sem sentido pela vivência produtiva; a grosseria pela gentileza; a impaciência pela tolerância; a mágoa pela compreensão. Independentemente da crença de que a vida continua após a morte do corpo físico ou não, é certo que todas as pessoas desejam viver ao máximo a cada dia, embora nem sempre façam isso. Então por que escolher acordar mal-humorado, reclamar de tudo e de todos, fazer as coisas com má vontade, preocupar-se em desfazer o trabalho dos outros quando podemos escolher acordar de bem com a vida, abraçar, elogiar, cantar, correr, dançar, tagarelar, trabalhar com alegria e dedicação, vibrar com nossos acertos e aprender com nossos erros (e dos outros), espalhar amor e praticar atos de caridade? Pois, como ela mesma afirma, é preciso viver de tal forma que se hoje for o meu último dia, viverei de modo que ele possa justificar todos os outros.
Realmente, o que se leva desta vida, como diz o provérbio popular, é a vida que se leva. Assim, procuremos rever as nossas escolhas, pois foram elas que nos constituíram e nos trouxeram até onde estamos e serão elas que irão definir a nossa vida daqui pra frente. Como dizia Chico Xavier “Embora ninguém possa voltar lá trás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim!”. Desejo muita paz, harmonia e sabedoria a todos em suas vidas e, de modo especial, neste final de semana, muita tranquilidade e lucidez para escolher os futuros gestores dos municípios. Que estes, no exercício de suas funções, valorizem a confiança que lhes for depositada e no decorrer de seus mantados também façam as melhores escolhas, pensando no bem comum e na felicidade coletiva!
Paz e luz a todos!
Luciane Sippert
Texto publicado na Coluna "Metamorfose" do Jornal Novo Noroeste, no dia 30.09.2016.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

A LEITURA NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

Na atualidade, mais do que nunca a leitura parece assumir um papel central, uma vez que a sociedade do conhecimento, na qual estamos vivendo, alimenta-se primordialmente da circulação da informação, especialmente da informação escrita. No entanto, segundo Augusto Curry, os estudantes no mundo todo estão se tornando, em sua grande maioria, do ensino fundamental à universidade, uma massa de repetidores de informações e não de pensadores que amam a arte da crítica e a da dúvida. Aprendemos a explorar os detalhes dos átomos e as forças que regem o universo, mas não sabemos explorar o mundo de dentro. Temos informações que nenhuma geração jamais teve, mas não sabemos pensar, transformar a informação em conhecimento e o conhecimento em experiência.
Muitas vezes, costuma-se separar os membros desta sociedade pelos seus níveis de acesso a esses bens de informação: entre aqueles que têm e os que não têm acesso à informação escrita, assim como a capacidade de cada um em utilizá-la. Embora não exista letramento zero, percebe-se a necessidade de ampliar os níveis de compreensão ou de construção de sentidos pela leitura a cada dia. Portanto, parece natural que se venha a atribuir interesse e importância crescentes à compreensão escrita.
Além disso, a massificação do acesso às novas tecnologias da comunicação, principalmente pelo meio do uso da internet, faz com que a compreensão da leitura adquira um prestígio cada vez maior, uma vez que a falta de competência do indivíduo neste campo prejudica o desempenho escolar, a completa integração da pessoa com a sociedade e sua eficaz entrada e manutenção no mundo do trabalho.
Mempo Giardinelli, professor, jornalista e escritor argentino, que há mais de vinte anos é um militante pela leitura, afirma, em sua obra Voltar a ler: propostas para ser uma nação de leitores, “não é possível nem sequer imaginar um futuro para o mundo sem leitura. Isto é: sem povos leitores que forjem nos livros seu critério e aprimorem sua democracia. [...] não existe desenvolvimento sustentável educacional, social nem político se não está apoiado, também, em uma sólida política de Estado de leitura que estabeleça e garanta direito da população a ler, que disponha os meios para que isso seja sustentável e que transforme a educação e também todos os outros campos das obrigações republicanas”. (2010, p. 21-2)
A importância da leitura é reafirmada a cada dia, quem gosta de ler, certamente, aprendeu em um determinado momento de sua vida que por meio desta poderia ampliar seus conhecimentos, conhecer novas visões de mundo e mesmo conhecer o mundo sem sair do lugar, vivenciando emoções e estimulando seu raciocínio e sua criatividade.
Cada novo dia, representa uma nova oportunidade para voltarmo-nos ao mundo da leitura, no qual está a chave do sucesso, para tornarmo-nos pensadores e transformadores da realidade, não apenas repetidores de informações.
Desejo ótimas leituras a todos!!!
Luciane Sippert
sippert.luciane@gmail.com



segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A diferença que o otimismo pode fazer em sua vida

A frase “O mundo pertence aos otimistas: os pessimistas são meros espectadores”, atribuída ao ex-Presidente dos Estados Unidos Dwight Eisenhower, vem confirmando-se dia a dia. Estudiosos da Física Quântica, após várias pesquisas científicas, confirmaram por meio de várias experimentações, dentre estas a da “fenda dupla” que a matéria se comporta de acordo com o olhar do observador. Tal fato vem comprovar também uma afirmação de Masaharu Taniguchi de que “A vida é resultado de nossos pensamentos”. A partir de tal pressuposto, somos desafiados a nos avaliar: como estou encarando a minha vida? Quais são os pensamentos que predominam em minha mente? Eu sou uma pessoa otimista?
Gosto muito do trocadilho “A tendência do pessimista é ter uma vida péssima, enquanto que a tendência do otimista é ter uma vida ótima!”. Afastando-nos de conceitos acadêmicos e nos centrando na nossa vida diária, podemos considerar o otimismo como uma ferramenta emocional que pode nos ajudar a alcançarmos nossas metas e objetivos aparentemente complicados.
O otimismo é um dos conceitos nos quais o ser humano se apoia para dar uma resposta emocional positiva à sua vida. Ele pode ser definido como o foco que desenhamos para lidar com as situações que acontecem em nossa vida. Diante de uma mesma dificuldade, podemos assumir diferentes atitudes e gerar pensamentos diferentes. Por exemplo, uma pessoa que foi atropelada, sobreviveu e foi conduzida a um Hospital. Diante da pergunta: “Como você está?” poderemos obter diferentes respostas. Se ela for uma pessoa pessimista, provavelmente irá responder que está muito mal, que quase morreu, que é uma azarada, que está com o corpo todo doendo e seguir com várias lamentações. Por outro lado, se a pessoa atropelada, costuma olhar para a vida de forma otimista, provavelmente dirá que está bem e que irá se recuperar, que é uma pessoa de sorte, pois poderia ter morrido e está viva, pronta para outra!!! Diante dessa situação, não é difícil concluir quem sairá primeiro do Hospital e consequentemente com qual pessoa seria mais fácil e prazeroso conviver.
A partir dessa simples descrição, podemos nos dar conta da importância do otimismo, que age como catalisador para configurar nossas percepções e fortalecer as nossas condutas. Dentre as características das pessoas otimistas, podemos citar:
• Bom humor: é o melhor cartão de visitas. Isso não significa estar o tempo todo rindo ou fazendo piadinhas, mas significa que nos momentos pessoais ruins seremos pessoas capazes de ajudar e escutar os demais.
• Focar na solução e não no problema: desenhar vantagens e soluções diante dos problemas transforma-nos em seres ativos em renovação contínua, capazes de aumentar nossa capacidade de descobrimento pessoal.
 Ter esperança: significa ter sentimentos positivos em relação ao futuro. Acreditar em seus sonhos.
· Ter atitude: agir com determinação diante de todas as circunstâncias. Fazer bem feito tudo o que for fazer.

Desenvolver o otimismo em nossa conduta diária trará novas revoluções ao nosso motor vital. É o pilar básico para lutar contra a apatia e o desânimo, principais culpados por criar inconvenientes em nossa realidade.
O otimismo não é uma emoção das pessoas que tentam se distanciar das responsabilidades e simplesmente pensam positivo. O verdadeiro poder do otimismo está em nós mesmos, e exige um esforço diário; uma atitude ativa diante da rotina.
O conhecimento pessoal vai nos ajudar a definir nossa vida, os inconvenientes, desejos ou qualquer outra vontade emocional que tivermos. Gerenciando corretamente o otimismo, desenharemos um plano estratégico saudável e puro que nos permitirá “atacar” as diferentes situações da nossa realidade, trazendo-nos força e benefícios.
Por fim, mas não menos importante, devemos saber discernir e controlar as sensações que certos ambientes e/ou pessoas pessimistas oferecem. Muitas vezes este será um dos testes mais duros que teremos que enfrentar, superar ou integrar de maneira positiva em nossa vida, o que reforçará o nosso otimismo e a nossa esperança. Vamos cultivar cada dia mais pensamentos e sentimentos otimistas, o resultado será uma vida mais feliz!!!
Luciane Sippert
Texto publicado na Coluna “Metamorfose”, do Jornal Novo Noroeste, em 26.08.2016.



sexta-feira, 11 de março de 2016

APRENDER GERA FELICIDADE

Vivemos em uma sociedade em que a conquista da felicidade muitas vezes está associada à busca pelo dinheiro, beleza e poder. No entanto, estudos científicos relacionados à neurociência, realizados nos Estados Unidos desde a década de 90, têm apresentado inúmeras descobertas especialmente relacionadas ao cérebro e às emoções. Dentre estas descobertas, destacam-se os resultados de exames capazes de mapear no cérebro as emoções, ou seja, a área do prazer ou sofrimento que uma pessoa sente com qualquer tipo de atividade.
Quando temos uma experiência que gere prazer, esta nos traz uma satisfação e uma sensação de plenitude. Esta sensação corresponde à felicidade e tal emoção aciona partes específicas do cérebro, com isso foi possível constatar algumas situações que realmente geraram prazer para as pessoas. Surpreendentemente, os exames demonstraram que pessoas extremamente ricas, belas e poderosas apresentaram muito mais emoções ligadas à dor e ao sofrimento do que ao prazer como muitos esperavam. O medo de ser assaltado ou sequestrado, o medo de engordar, envelhecer ou perder o poder era muito maior que a felicidade que o dinheiro, a beleza e o poder poderiam proporcionar.
Estranhamente, constaram também que algumas pessoas sentem prazer ao sentir dor, pois possuem a crença de que precisam sofrer de alguma forma para se redimir de alguma culpa. O que segundo a médica e palestrante Anete Guimarães estaria relacionado ao circuito culpa-recompensa, o qual de alguma forma precisa ser rompido pelo autoconhecimento, mas este é um assunto que dá muito pano pra manga e pretendo abordar em outro momento.
O que me fez trazer esta reflexão foi justamente a constatação de que a atividade que mais felicita o homem é APRENDER. E neste início de Ano Letivo faço questão de enfatizar isso. Quando as pessoas estão aprendendo, as áreas do cérebro que registram as emoções relacionadas ao prazer são as mais ativas. Da mesma forma, o sentimento de SUPERAÇÃO gera endorfinas, que produzem uma sensação de alegria e bem estar na pessoa. Assim, é muito importante não apenas começar com todo o gás, mas mantê-lo no decorrer do ano, procurando superar-se a cada dia.
Reafirma-se assim um pensamento da sabedoria popular “Poucas coisas são necessárias para fazer feliz o homem sábio, ao mesmo tempo, nenhuma fortuna satisfaria um inconformado”. Quanto mais necessidade gerarmos, mais teremos que batalhar para satisfazê-las e o risco de vivermos infelizes é muito maior. Ao mesmo tempo, quanto mais agradecidos nos sentirmos com o que já possuímos e voltarmos nossa mente e nosso coração para o que nos faz feliz verdadeiramente, estaremos dando um grande passo em nossas vidas.
Estar com a família, com amigos, ouvir músicas, contemplar a natureza, fazer uma viagem ou uma leitura agradável, meditar, orar, praticar esportes, trabalhar, estudar, aprender, superar-se... Enfim, procuremos vivenciar experiências construtivas, façamos tudo com amor e sentimento de gratidão. Isso irá gerar emoções que certamente nos farão bem e felizes!!!

Desejo um ano repleto de novas aprendizagens e felicidade a todos!!!
Texto Publicado no Jornal "Novo Noroeste", em 04.03.2016.