Na atualidade, mais do que nunca a
leitura parece assumir um papel central, uma vez que a sociedade do
conhecimento, na qual estamos vivendo, alimenta-se primordialmente da
circulação da informação, especialmente da informação escrita. No entanto,
segundo Augusto Curry, os estudantes no mundo
todo estão se tornando, em sua grande maioria, do ensino fundamental à
universidade, uma massa de repetidores de informações e não de pensadores que
amam a arte da crítica e a da dúvida. Aprendemos a explorar os detalhes dos
átomos e as forças que regem o universo, mas não sabemos explorar o mundo de
dentro. Temos informações que nenhuma geração jamais teve, mas não sabemos
pensar, transformar a informação em conhecimento e o conhecimento
em experiência.
Muitas vezes, costuma-se separar os
membros desta sociedade pelos seus níveis de acesso a esses bens de informação:
entre aqueles que têm e os que não têm acesso à informação escrita, assim como
a capacidade de cada um em utilizá-la. Embora não exista letramento zero,
percebe-se a necessidade de ampliar os níveis de compreensão ou de construção
de sentidos pela leitura a cada dia. Portanto, parece natural que se venha a atribuir
interesse e importância crescentes à compreensão escrita.
Além disso, a massificação do acesso
às novas tecnologias da comunicação, principalmente pelo meio do uso da internet, faz com que a compreensão da
leitura adquira um prestígio cada vez maior, uma vez que a falta de competência
do indivíduo neste campo prejudica o desempenho escolar, a completa integração
da pessoa com a sociedade e sua eficaz entrada e manutenção no mundo do
trabalho.
Mempo Giardinelli, professor,
jornalista e escritor argentino, que há mais de vinte anos é um militante pela
leitura, afirma, em sua obra Voltar a
ler: propostas para ser uma nação de leitores, “não é possível nem sequer imaginar um futuro para o mundo sem leitura.
Isto é: sem povos leitores que forjem nos livros seu critério e aprimorem sua
democracia. [...] não existe
desenvolvimento sustentável educacional, social nem político se não está
apoiado, também, em uma sólida política de Estado de leitura que estabeleça
e garanta direito da população a ler,
que disponha os meios para que isso seja sustentável e que transforme a
educação e também todos os outros campos das obrigações republicanas”. (2010,
p. 21-2)
A importância da leitura é reafirmada
a cada dia, quem gosta de ler, certamente, aprendeu em um determinado momento
de sua vida que por meio desta poderia ampliar seus conhecimentos, conhecer
novas visões de mundo e mesmo conhecer o mundo sem sair do lugar, vivenciando
emoções e estimulando seu raciocínio e sua criatividade.
Cada novo dia, representa uma nova
oportunidade para voltarmo-nos ao mundo da leitura, no qual está a chave do
sucesso, para tornarmo-nos pensadores e transformadores da realidade, não
apenas repetidores de informações.
Desejo ótimas leituras a todos!!!
Luciane Sippert
sippert.luciane@gmail.com