terça-feira, 30 de agosto de 2016

A LEITURA NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

Na atualidade, mais do que nunca a leitura parece assumir um papel central, uma vez que a sociedade do conhecimento, na qual estamos vivendo, alimenta-se primordialmente da circulação da informação, especialmente da informação escrita. No entanto, segundo Augusto Curry, os estudantes no mundo todo estão se tornando, em sua grande maioria, do ensino fundamental à universidade, uma massa de repetidores de informações e não de pensadores que amam a arte da crítica e a da dúvida. Aprendemos a explorar os detalhes dos átomos e as forças que regem o universo, mas não sabemos explorar o mundo de dentro. Temos informações que nenhuma geração jamais teve, mas não sabemos pensar, transformar a informação em conhecimento e o conhecimento em experiência.
Muitas vezes, costuma-se separar os membros desta sociedade pelos seus níveis de acesso a esses bens de informação: entre aqueles que têm e os que não têm acesso à informação escrita, assim como a capacidade de cada um em utilizá-la. Embora não exista letramento zero, percebe-se a necessidade de ampliar os níveis de compreensão ou de construção de sentidos pela leitura a cada dia. Portanto, parece natural que se venha a atribuir interesse e importância crescentes à compreensão escrita.
Além disso, a massificação do acesso às novas tecnologias da comunicação, principalmente pelo meio do uso da internet, faz com que a compreensão da leitura adquira um prestígio cada vez maior, uma vez que a falta de competência do indivíduo neste campo prejudica o desempenho escolar, a completa integração da pessoa com a sociedade e sua eficaz entrada e manutenção no mundo do trabalho.
Mempo Giardinelli, professor, jornalista e escritor argentino, que há mais de vinte anos é um militante pela leitura, afirma, em sua obra Voltar a ler: propostas para ser uma nação de leitores, “não é possível nem sequer imaginar um futuro para o mundo sem leitura. Isto é: sem povos leitores que forjem nos livros seu critério e aprimorem sua democracia. [...] não existe desenvolvimento sustentável educacional, social nem político se não está apoiado, também, em uma sólida política de Estado de leitura que estabeleça e garanta direito da população a ler, que disponha os meios para que isso seja sustentável e que transforme a educação e também todos os outros campos das obrigações republicanas”. (2010, p. 21-2)
A importância da leitura é reafirmada a cada dia, quem gosta de ler, certamente, aprendeu em um determinado momento de sua vida que por meio desta poderia ampliar seus conhecimentos, conhecer novas visões de mundo e mesmo conhecer o mundo sem sair do lugar, vivenciando emoções e estimulando seu raciocínio e sua criatividade.
Cada novo dia, representa uma nova oportunidade para voltarmo-nos ao mundo da leitura, no qual está a chave do sucesso, para tornarmo-nos pensadores e transformadores da realidade, não apenas repetidores de informações.
Desejo ótimas leituras a todos!!!
Luciane Sippert
sippert.luciane@gmail.com



segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A diferença que o otimismo pode fazer em sua vida

A frase “O mundo pertence aos otimistas: os pessimistas são meros espectadores”, atribuída ao ex-Presidente dos Estados Unidos Dwight Eisenhower, vem confirmando-se dia a dia. Estudiosos da Física Quântica, após várias pesquisas científicas, confirmaram por meio de várias experimentações, dentre estas a da “fenda dupla” que a matéria se comporta de acordo com o olhar do observador. Tal fato vem comprovar também uma afirmação de Masaharu Taniguchi de que “A vida é resultado de nossos pensamentos”. A partir de tal pressuposto, somos desafiados a nos avaliar: como estou encarando a minha vida? Quais são os pensamentos que predominam em minha mente? Eu sou uma pessoa otimista?
Gosto muito do trocadilho “A tendência do pessimista é ter uma vida péssima, enquanto que a tendência do otimista é ter uma vida ótima!”. Afastando-nos de conceitos acadêmicos e nos centrando na nossa vida diária, podemos considerar o otimismo como uma ferramenta emocional que pode nos ajudar a alcançarmos nossas metas e objetivos aparentemente complicados.
O otimismo é um dos conceitos nos quais o ser humano se apoia para dar uma resposta emocional positiva à sua vida. Ele pode ser definido como o foco que desenhamos para lidar com as situações que acontecem em nossa vida. Diante de uma mesma dificuldade, podemos assumir diferentes atitudes e gerar pensamentos diferentes. Por exemplo, uma pessoa que foi atropelada, sobreviveu e foi conduzida a um Hospital. Diante da pergunta: “Como você está?” poderemos obter diferentes respostas. Se ela for uma pessoa pessimista, provavelmente irá responder que está muito mal, que quase morreu, que é uma azarada, que está com o corpo todo doendo e seguir com várias lamentações. Por outro lado, se a pessoa atropelada, costuma olhar para a vida de forma otimista, provavelmente dirá que está bem e que irá se recuperar, que é uma pessoa de sorte, pois poderia ter morrido e está viva, pronta para outra!!! Diante dessa situação, não é difícil concluir quem sairá primeiro do Hospital e consequentemente com qual pessoa seria mais fácil e prazeroso conviver.
A partir dessa simples descrição, podemos nos dar conta da importância do otimismo, que age como catalisador para configurar nossas percepções e fortalecer as nossas condutas. Dentre as características das pessoas otimistas, podemos citar:
• Bom humor: é o melhor cartão de visitas. Isso não significa estar o tempo todo rindo ou fazendo piadinhas, mas significa que nos momentos pessoais ruins seremos pessoas capazes de ajudar e escutar os demais.
• Focar na solução e não no problema: desenhar vantagens e soluções diante dos problemas transforma-nos em seres ativos em renovação contínua, capazes de aumentar nossa capacidade de descobrimento pessoal.
 Ter esperança: significa ter sentimentos positivos em relação ao futuro. Acreditar em seus sonhos.
· Ter atitude: agir com determinação diante de todas as circunstâncias. Fazer bem feito tudo o que for fazer.

Desenvolver o otimismo em nossa conduta diária trará novas revoluções ao nosso motor vital. É o pilar básico para lutar contra a apatia e o desânimo, principais culpados por criar inconvenientes em nossa realidade.
O otimismo não é uma emoção das pessoas que tentam se distanciar das responsabilidades e simplesmente pensam positivo. O verdadeiro poder do otimismo está em nós mesmos, e exige um esforço diário; uma atitude ativa diante da rotina.
O conhecimento pessoal vai nos ajudar a definir nossa vida, os inconvenientes, desejos ou qualquer outra vontade emocional que tivermos. Gerenciando corretamente o otimismo, desenharemos um plano estratégico saudável e puro que nos permitirá “atacar” as diferentes situações da nossa realidade, trazendo-nos força e benefícios.
Por fim, mas não menos importante, devemos saber discernir e controlar as sensações que certos ambientes e/ou pessoas pessimistas oferecem. Muitas vezes este será um dos testes mais duros que teremos que enfrentar, superar ou integrar de maneira positiva em nossa vida, o que reforçará o nosso otimismo e a nossa esperança. Vamos cultivar cada dia mais pensamentos e sentimentos otimistas, o resultado será uma vida mais feliz!!!
Luciane Sippert
Texto publicado na Coluna “Metamorfose”, do Jornal Novo Noroeste, em 26.08.2016.